Toyota 4Runner 2025: pontos fracos e dicas de manutenção | Notícias automotivas

Toyota 4Runner 2025: Os pontos fracos que você precisa conhecer antes de comprar

A Toyota 4Runner 2025 da sexta geração é o SUV com chassi de longarinas icônico que, desde 1984, se destaca pela confiabilidade, capacidade off-road e versatilidade

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Construída sobre a plataforma TNGA-F, ela combina estilo robusto, tecnologias modernas e qualidades off-road excepcionais.

No entanto, como qualquer veículo, a 4Runner 2025 tem pontos fracos que podem surgir com o uso. Neste artigo, vamos detalhar os principais problemas do modelo, focando nos motores (o 2.4L i-FORCE Turbo a gasolina e o híbrido i-FORCE MAX), transmissão, eletrônica, suspensão e carroceria, além de dicas de manutenção para minimizar riscos e prolongar a vida útil do SUV.

Problemas com tração 4WD e caixa de transferência

A Toyota 4Runner 2025 vem com dois tipos de tração integral: part-time 4WD (2H, 4H, 4L) nas versões de entrada e full-time 4WD com diferencial central Torsen nas topo de linha (TRD Pro, Limited). Após 100.000–130.000 km, alguns proprietários relatam desgaste na caixa de transferência, especialmente com uso intenso em modo 4L em off-road pesado. Vazamentos de óleo nos vedações da caixa ou diferencial traseiro também ocorrem, principalmente em lama ou água.

Dicas de manutenção:

  • Inspecione os vedações da caixa de transferência e diferencial traseiro a cada 60.000 km. A troca de vedações custa cerca de R$ 8.000–15.000.
  • Troque o óleo na caixa de transferência e diferenciais a cada 80.000–100.000 km, usando o fluido recomendado (como Toyota Genuine ATF WS ou SAE 75W-90).
  • Evite uso prolongado do modo 4L no asfalto para não superaquecer nem desgastar a caixa.

Uma reparação completa da caixa de transferência pode custar R$ 150.000–250.000, por isso a prevenção é essencial.

Problemas nos motores: Gasolina e híbrido

A 4Runner 2025 oferece dois motores: o 2.4L i-FORCE Turbo a gasolina (278 cv) e o híbrido 2.4L i-FORCE MAX (326 cv). Veja os pontos fracos.

2.4L i-FORCE Turbo a gasolina

Esse motor turbo entrega bom torque (430 Nm) e confiabilidade, mas após 110.000 km pode acumular carbono nas válvulas de admissão devido à injeção direta, causando funcionamento irregular e perda de potência. Alguns donos notam consumo elevado de óleo (0,3–0,5 L a cada 1.000 km) depois de 130.000–160.000 km com direção agressiva ou trocas de óleo atrasadas.

Dicas de manutenção:

  • Troque o óleo a cada 10.000–12.000 km com sintético API SN Plus (ex.: 5W-30). Uma troca custa cerca de R$ 800–1.500.
  • Limpe as válvulas de admissão a cada 80.000 km (cerca de R$ 15.000–25.000).
  • Monitore o nível de óleo a cada 2.000–3.000 km. Se exceder 0,5 L/1.000 km, leve ao serviço para checar anéis de pistão.

Sistema híbrido 2.4L i-FORCE MAX

A versão híbrida (326 cv) com bateria de 1,9 kWh é econômica (cerca de 10 L/100 km combinado), mas após 130.000 km a capacidade da bateria pode cair, reduzindo o alcance elétrico. Há risco de superaquecimento no sistema de refrigeração híbrido em viagens longas em alta velocidade (acima de 120 km/h) no calor intenso.

Dicas de manutenção:

  • Verifique o estado da bateria a cada 60.000 km. Troca de células pode custar R$ 80.000–150.000.
  • Limpe o radiador do sistema híbrido a cada 30.000 km para evitar superaquecimento.
  • Evite velocidades sustentadas acima de 130 km/h com temperaturas acima de 30°C para reduzir estresse no refrigeração.

Problemas eletrônicos: Multimídia e assistências

A 4Runner 2025 traz sistemas avançados Toyota Safety Sense 3.0, como controle de cruzeiro adaptativo, manutenção de faixa e frenagem automática. Porém, há relatos de falhas no cruzeiro adaptativo em estradas irregulares ou detecção errada de distância. Queixas também sobre o sistema multimídia (tela de 8 ou 14 polegadas): travamentos, lentidão ou problemas com Apple CarPlay/Android Auto.

Dicas de manutenção:

  • Atualize o software da multimídia e Safety Sense a cada 6–12 meses na concessionária Toyota.
  • Limpe câmeras e radares regularmente para evitar falhas por sujeira.
  • Se os problemas persistirem, pode ser necessário trocar o módulo de controle (cerca de R$ 50.000–80.000).

Pontos fracos da carroceria: Pintura e corrosão

A carroceria é bem protegida com galvanização, mas a pintura é vulnerável. No capô, para-choques e soleiras surgem lascas rápido, especialmente em estradas de cascalho como nas regiões do interior de São Paulo ou Minas Gerais. Há risco de corrosão em fixações de rack de teto ou costuras do chassi em áreas úmidas.

Dicas de manutenção:

  • Aplique película protetora ou coating cerâmico no capô, para-choques e soleiras (custo R$ 25.000–40.000).
  • Inspecione fixações de rack e costuras do chassi a cada 6 meses; trate ferrugem cedo.
  • Após viagens na praia ou chuvas fortes, lave bem o chassi para remover sal ou umidade.

Problemas na suspensão: O que desgasta mais rápido

A suspensão é projetada para off-road, mas em estradas ruins ou com carga cheia desgasta. Após 80.000–100.000 km podem aparecer batidas na dianteira por buchas do estabilizador gastas. Os amortecedores traseiros (especialmente em SR5 e Limited) perdem eficiência por volta de 110.000–130.000 km.

Dicas de manutenção:

  • Verifique buchas do estabilizador a cada 50.000 km. Troca por par: cerca de R$ 5.000–8.000.
  • Considere amortecedores reforçados como Bilstein ou KYB para uso pesado.
  • Não sobrecarregue o porta-malas nem reboque acima de 2.700 kg para preservar a suspensão.

Detalhes menores: Isolamento acústico e ergonomia

Outras reclamações na 4Runner 2025 incluem isolamento acústico insuficiente: acima de 100 km/h ouve-se ruído de pneus e vento (67–68 dB). Motoristas altos (acima de 190 cm) podem sentir desconforto pelo alcance limitado de ajuste do volante. Nas versões de entrada, os bancos parecem rígidos em viagens longas.

Dicas de manutenção:

  • Aplique material isolante em rodas e portas (como STP ou Dynamat; custo R$ 25.000–40.000).
  • Use almofadas ortopédicas para mais conforto em viagens longas.
  • Para motoristas altos, busque extensores de volante no mercado paralelo.

Conclusão: Vale a pena comprar a Toyota 4Runner 2025?

A Toyota 4Runner 2025 é um SUV confiável e versátil, perfeito para amantes de off-road e viagens longas. Mas os possíveis problemas na tração, motores, eletrônica, pintura e suspensão exigem atenção. Manutenção regular na caixa de transferência, refrigeração híbrida, carroceria e suspensão evita gastos altos. Se pensar em um usado, faça diagnóstico completo focando na caixa, bateria híbrida e estado da pintura. Preço aproximado no mercado brasileiro: de R$ 450.000 a R$ 600.000 para as versões importadas, dependendo da configuração e impostos.

Concorrentes e alternativas à Toyota 4Runner 2025

  • Jeep Wrangler 2025: Ícone off-road com capacidade excelente, mas menos confortável na cidade. Preço a partir de cerca de R$ 500.000.
  • Ford Bronco Sport 2025: Design moderno, motores potentes e boa capacidade off-road. Preço a partir de R$ 260.000–R$ 270.000 (versão Sport; o Bronco full seria mais caro se disponível).
  • Land Rover Defender 2025: SUV premium com qualidades off-road excepcionais e conforto. Preço a partir de cerca de R$ 600.000.
  • Toyota SW4 2025: Confiável e versátil com interior mais premium. Preço a partir de R$ 412.000–R$ 470.000.
  • Mitsubishi Pajero Sport 2025: SUV com chassi acessível e boa capacidade off-road, mas menos tecnológico. Preço mais competitivo no segmento.