
Com motores 2.5 aspirado (182 cv) ou 2.4 turbo (260 cv), tração Symmetrical AWD e a gigante tela vertical de 11,6" com EyeSight de última geração, a Outback é perfeita para viajar em família ou pegar estrada de terra no interior. Só que os donos de São Paulo, Rio, Minas e Santa Catarina já identificaram os calos que mais doem no uso real.
Motor: bom de força, mas bebe óleo
O 2.5 começa a consumir óleo a partir de 70-90 mil km, principalmente quem roda muito em estrada (BR-116, Fernão Dias) e mantém giro alto com etanol. O 2.4 turbo é ainda mais sensível à qualidade do combustível — etanol adulterado ou gasolina comum de posto suspeito acelera o desgaste da turbina.
Como fazer o boxer durar mais:
- Use apenas óleo 0W-20 100% sintético API SP e troque a cada 7.000-8.000 km (não espere os 10.000 km que a concessionária fala).
- Confira a vareta a cada 2 abastecimentos. Mais de 1 litro a cada 8.000 km = já marcar retífica ou troca de anéis.
- No turbo: só gasolina podium ou etanol de bandeirada (Ipiranga Grid, Vibra Grid, Shell V-Power).
- Coxim do motor: troca preventiva aos 90-100 mil km — cada coxim R$ 1.800–2.800 + mão de obra.
Câmbio CVT e tração AWD: macio… até começar a reclamar
O Lineartronic é confortável no trânsito, mas depois de 80-120 mil km aparecem trancos ou atraso no acelerador. A embreagem traseira do AWD superaquece rápido em terra batida ou subindo serra carregado (ex.: Serra do Rio do Rastro).

Dicas que realmente funcionam:
- Troca de óleo do CVT a cada 50-60 mil km com fluido original Subaru High Torque (R$ 2.800–4.200 o serviço completo).
- Atualização de software da TCU na concessionária assim que sentir tranco.
- Óleo dos diferenciais e caixa de transferência a cada 60 mil km se pegar muita estrada de terra.
Eletrônica & EyeSight: moderno, mas tem chilique
A tela de 11,6" trava de vez em quando, CarPlay/Android Auto desconecta e, em chuva forte (típico verão paulista ou carioca), o EyeSight desliga por sensores sujos ou embaçados.
Como minimizar:
- Aceite todas as atualizações OTA e faça recall de calibragem do EyeSight na concessionária (grátis na garantia).
- Limpe as câmeras e radar toda vez que sair da terra ou pegar temporal.
- Se travar direto, módulo APIM novo sai por R$ 12.000–18.000.
Suspensão: aguenta fazenda, mas sofre com lombada e buraco
Buchas da barra estabilizadora duram pouco nas ruas esburacadas de BH ou Recife. Amortecedores começam a vazar perto dos 90-110 mil km se o carro viver carregado ou passar lombada em velocidade.
Soluções testadas:
- Buchas dianteiras: R$ 800–1.400 o par.
- Amortecedores KYB Excel-G ou Cofap turbogás são os preferidos dos donos.
- Caixa de direção com folga: reparo ou troca R$ 9.000–16.000.
Pintura & corrosão: ponto fraco no clima brasileiro
A tinta da Subaru é mole — pedrinha na Castelinho ou Anhanguera já lasca. Em cidade litorânea (Florianópolis, Vitória, Santos) pode aparecer ferrugem nos vincos do teto e trilhos do rack em 3-4 anos.
Proteção que vale cada centavo:
- PPF (película transparente) no capô, para-choque e retrovisores: R$ 8.000–15.000.
- Lave por baixo depois de praia ou estrada de terra para tirar sal e lama.
Interior & ruído: espaçoso, porém barulhento em rodovia
Acima de 120 km/h na Régis Bittencourt ou Dutra o barulho de vento e pneu incomoda. Plásticos inferiores rangem com calor e buraco.

Upgrades que os donos mais fazem:
- Manta acústica extra nas portas e assoalho: R$ 4.000–8.000.
- Capa de banco ou almofadas anatômicas para viagens longas.
Vale a pena comprar Outback 2025 no Brasil?
Sim, se você quer uma perua alta que passa onde SUV tem medo, com segurança de outro mundo. Só prepare o bolso para manutenção mais cara que Toyota/Honda e invista em proteção de pintura + troca rigorosa de fluidos. Comprando usado? Leve num especialista Subaru com scanner antes de fechar negócio.
Alternativas fortes no mercado brasileiro 2025
- Toyota Corolla Cross: manutenção barata, revenda garantida.
- Jeep Commander: 7 lugares, mais força, mesma pegada off-road.
- VW Taos: mais em conta e bom custo-benefício.
- Caoa Chery Tiggo 8 Pro: muito equipamento por menos dinheiro.
- Honda CR-V 2025: conforto absurdo e confiabilidade japonesa.