Na Austrália inventaram uma forma totalmente nova (e hilária) de carregar carro elétrico quando você mora na rua: postes retráteis que jogam o cabo para o alto como se fosse varal de roupa chique.
Por que carregar elétrico em cidade ainda é um parto?
Todo mundo que mora em apartamento em São Paulo, Rio, Belo Horizonte ou Recife sabe: o elétrico é lindo… até a hora de recarregar. Não tem garagem com wallbox, o carro fica na rua e descer uma extensão do 10º andar é proibido, perigoso e ainda leva bronca do síndico.
Na Europa já virou meme: fotos de cabos pendurados na janela como se fosse roupa no varal. Aqui no Brasil os grupos de WhatsApp de donos de elétricos estão cheios dessas imagens também. Todo mundo pensa a mesma coisa: “Sério que é assim?”
A solução australiana que parece coisa de brasileiro
No bairro de Merri-bek, em Melbourne, a prefeitura falou: “Se não pode no chão, vai pelo ar!”. Liberaram um projeto-piloto para 20 moradores instalarem postes retráteis de 2,5 metros na calçada. O cabo sobe, fica pendurado lá em cima e ninguém tropeça. Na teoria, genial. Na prática? A rua virou um floresta de postes com cabos balançando – metade estação de recarga, metade instalação artística steampunk.
O que a galera está achando
A prefeitura jura que não reservou vaga pra ninguém e que é mais seguro do que deixar cabo no chão (que aliás é proibido). Tem gente que amou a criatividade, tem gente já fazendo meme: “Daqui a pouco vão colocar tirolesa pra descer o cabo”.
Um comentário no Twitter resumiu tudo: “Ou eu compro um carro flex 1.0 e encho o tanque em 5 minutos e acabou a novela?” Difícil discordar num dia de chuva.
Quanto custa essa loucura?
Não tem preço oficial ainda, mas sistemas parecidos testados na Europa e EUA custam entre R$ 12.000 e R$ 25.000 por poste instalado (com alvará e tudo). Some isso ao preço do carro – um Hyundai Ioniq 5 zero km no Brasil está na faixa de R$ 289.000 a R$ 349.000 dependendo da versão – e a brincadeira fica bem salgada só pra conseguir carregar em casa.
Preço aproximado de mercado para poste de recarga aéreo similar no Brasil: R$ 15.000–R$ 28.000 por unidade, dependendo da prefeitura e da empresa certificada.
No fim das contas
Ponto pros australianos pela rapidez e pela gambiarra de luxo. Mas isso é só um curativo em um problema gigante: as cidades brasileiras (e do mundo) ainda não têm infraestrutura decente de recarga nas ruas. Enquanto não tiverem, os donos de elétricos vão continuar inventando moda – e a gente vai continuar rindo (e enchendo o tanque de etanol em 3 minutos). O futuro verde chegou… mas por enquanto vem com cabo pendurado no varal!
