
Fisker Ocean: o fracasso definitivo
Henrik Fisker, o designer dinamarquês, já fundou a segunda montadora que não sobrevive às próprias ambições. A primeira foi a Karma (híbrido de luxo), a segunda apostou tudo no SUV elétrico Ocean. Apesar do visual chamativo, nenhum dos dois conseguiu boa reputação. O Ocean, porém, bateu todos os recordes negativos — inclusive na avaliação da Consumer Reports, que comprou uma unidade para testes e saiu horrorizada.
Defeitos de qualidade que não acabam mais
Logo de cara o carro chegou com arranhões, sujeira e bateria 12V completamente morta. Depois vieram panes nos assistentes de condução, erros no painel, travamento aleatório de funções e barulhos irritantes de plásticos rangendo o tempo todo dentro da cabine.

Um carro claramente inacabado
A Consumer Reports classificou o Ocean como “incompleto” e que precisaria de anos adicionais de desenvolvimento. O câmbio hesitava, o carro se recusava a desligar ao travar as portas, o ar-condicionado do lado do motorista simplesmente não funcionava e os retrovisores não se ajustavam eletricamente — tudo isso criando riscos reais no trânsito.
Desvalorização brutal e mercado parado
O interior e o desempenho até merecem alguns elogios, mas isso não salvou ninguém. Na Europa o preço de lançamento era de cerca de €70.000. Hoje, exemplares quase zero km (menos de 4.000 km) aparecem por valores entre R$ 135.000 e R$ 165.000 no mercado paralelo brasileiro (equivalente a €22–26 mil na Europa), e mesmo assim ninguém quer levar.
Preço estimado no mercado brasileiro (importação independente, 2025): R$ 140.000 – R$ 180.000 dependendo do estado e versão.
Segurança em risco grave
Já são seis campanhas de recall, quase todas por falhas críticas: perda repentina de potência, portas que não abrem (nem por dentro nem por fora) e freios que não atendem aos padrões da NHTSA. Em caso de acidente, essas falhas podem ser fatais.

Conclusão
O Fisker Ocean é o exemplo perfeito de como ambição sem controle de qualidade leva à falência. Mesmo com descontos absurdos, o carro continua encalhado e provavelmente entrará para a história como um dos maiores desastres automotivos de 2024 — e quiçá da década.