Hyundai Tucson 2025: Problemas reais no Brasil, defeitos comuns e relatos de donos

Tucson 2025: Os defeitos que ninguém conta na concessionária (e como sobreviver a eles no Brasil)

Design que para o trânsito, lista de equipamentos gigante e preço agressivo… até você encarar os buracos de São Paulo, o calor do Rio e o etanol de qualidade duvidosa. Isso é o que realmente está acontecendo com as Tucson 2025 nas ruas brasileiras.

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Você entra na Tucson 2025 e acha que ganhou na Mega-Sena: rodas grandes, duas telas de 12,3”, ar-condicionado dual zone, teto panorâmico… Só que depois de alguns meses rodando em avenidas esburacadas, engarrafamentos eternos e postos com gasolina batizada, os grupos de WhatsApp e os fóruns começam a pegar fogo. Aqui está o raio-X completo dos problemas mais comuns no Brasil e como não deixar o SUV virar uma dor de cabeça constante.

Motores: qual versão aguenta o dia a dia brasileiro?

No Brasil a Tucson 2025 chega com três opções:

  • 2.5 aspirado (187 cv): Confiável, mas muito lerdo com 5 pessoas + porta-malas cheio e ar-condicionado no talo. Donos relatam carbonização rápida nos bicos injetores quando rodam só com gasolina comum ou etanol de posto ruim. Limpeza dos bicos a cada 40-50 mil km sai por R$ 2.800–4.500.
  • 1.6 Turbo Híbrido (231 cv): Faz até 15-16 km/l na cidade (números reais), porém o tranco entre o motor elétrico e o a combustão irrita no anda-para de SP e RJ.
  • PHEV híbrido plug-in (261 cv): Até 50-55 km no modo elétrico… desde que não esteja 38 °C. No calor brasileiro a bateria perde até 30% de autonomia e força o motor a gasolina a entrar o tempo todo.

Como não torrar dinheiro:

  • Sempre gasolina podium ou etanol aditivado de bandeira grande.
  • Troca de óleo 0W-20 sintético a cada 8.000-10.000 km (R$ 650-950 na autorizada).
  • Diagnóstico anual da bateria híbrida (R$ 800-1.500).
  • Use o pré-condicionamento do PHEV enquanto estiver na tomada no verão.

Câmbio: o famoso “tranco” que todo mundo reclama

Câmbio automático de 8 marchas (gasolina) e 6 marchas (híbrido). O sistema HTRAC AWD é ótimo em chuva e terra, mas no trânsito pesado o carro dá aqueles solavancos clássicos entre marchas. Atualização de software na concessionária resolve boa parte dos casos enquanto estiver na garantia (5 anos).

Dicas para manter o câmbio vivo:

  • Troca de fluido ATF a cada 60.000 km (R$ 1.800-2.800).
  • Se sentir tranco, corra para atualizar o módulo TCM — geralmente é grátis na garantia.
  • Quem usa HTRAC em estrada de terra: revisa o óleo do diferencial traseiro a cada 40.000 km.

Suspensão: buracos e lombadas são o pesadelo

McPherson na frente, multilink atrás. Confortável em rodovias boas, mas nas ruas de Belo Horizonte, Recife ou Fortaleza as buchas da barra estabilizadora começam a bater antes dos 30.000 km. Amortecedores traseiros cansam rápido se você carrega família + bagagem para o litoral todo feriado.

Como aumentar a durabilidade:

  • Troca das buchas da barra estabilizadora: R$ 1.200-2.000 o par.
  • Amortecedores reforçados (Cofap Turbo Gás ou KYB Excel-G): R$ 3.800-5.500 o jogo.
  • Alinhamento + balanceamento a cada 10.000-15.000 km (obrigatório no Brasil).

Eletrônica: tela que trava e BlueLink que mata bateria

As duas telas gigantes são lindas… até travarem no meio da Marginal Tietê. O BlueLink já deixou muita gente na mão descarregando a bateria 12V em 10-12 dias parado no aeroporto. No calor, poeira e chuvas fortes, os sensores de estacionamento e o alerta de colisão dão alarmes falsos o tempo todo.

Como não enlouquecer:

  • Aceite todas as atualizações OTA e leve na campanha de recall de software.
  • Troca preventiva da bateria a cada 3 anos (R$ 750-1.200).
  • Desative o BlueLink quando for deixar o carro parado mais de uma semana.

Pintura e acabamento: lasca fácil e barulho interno

A tinta é extremamente fina — em rodovias como a BR-101 ou Castello Branco, os lascados no capô aparecem antes dos 15.000 km. Em regiões litorâneas (RJ, BA, SC) já surgem pontos de ferrugem nas costuras das portas após 2 anos. Isolamento acústico fraco: acima de 110 km/h você ouve pneu e vento demais.

Proteja seu investimento:

  • Insulfilm + PPF na frente e laterais: R$ 5.000-12.000 (vale cada real na revenda).
  • Tratamento anticorrosivo nas caixas de roda e longarinas (R$ 1.800-3.000).
  • Manta asfáltica extra nas portas e assoalho: R$ 4.500-8.000 (transforma o silêncio).

O que os donos brasileiros estão falando

Nos grupos “Hyundai Tucson Brasil” e fóruns do Webmotors:

    Pontos positivos:
  • Visual mata qualquer concorrente na faixa de preço.
  • Híbrido realmente economiza no trânsito.
  • Garantia de 5 anos sem limite de km (melhor do segmento).
  • Pontos negativos:
  • Motor 2.5 muito fraco com ar ligado e 5 ocupantes.
  • Tranco no câmbio + multimídia travando irritam demais.
  • Pintura fraca e barulho de grilo no painel.

Alternativas mais “tranquilas” no Brasil

  • Toyota Corolla Cross: blindagem japonesa e revenda imbatível.
  • Honda CR-V: mais refinado e menos dor de cabeça eletrônica.
  • Volkswagen Taos: dirije melhor e suspensão mais firme.
  • Chery Tiggo 8 Pro Hybrid: 7 lugares, mais equipamento e preço menor.

Vale a pena comprar ou fugir?

A Hyundai Tucson 2025 é, sem dúvida, uma das SUVs compactas/médias mais bonitas e equipadas que você pode levar para casa hoje no Brasil. Se você curte design, tecnologia e está disposto a abastecer com combustível bom, fazer as revisões em dia e investir em proteção extra, ela vai te deixar feliz por anos. A versão híbrida é a escolha mais inteligente para o nosso trânsito. Agora, se quer “comprou e esqueceu” sem dor de cabeça, Corolla Cross ou CR-V ainda são mais seguros. Preço aproximado de mercado no Brasil para uma Tucson 2025 bem cuidada: R$ 195.000–R$ 285.000 dependendo da versão e motorização.