Controle de cruzeiro inteligente Hyundai e câmeras de velocidade — Notícias automotivas Brasil | automotive24.center

O controle de cruzeiro inteligente da Hyundai: uma tecnologia genial que mesmo assim divide opiniões

Às vezes as montadoras fazem exatamente o que os motoristas pedem há anos… e nem todo mundo gosta

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E aí vem o paradoxo: a solução parece lógica, útil e até confortável, mas uma parte do público a recebe com críticas. Um exemplo é o controle de cruzeiro inteligente avançado da Hyundai, já disponível em alguns mercados e que está gerando discussão também no Brasil.

Não radares, mas bom senso

O debate sobre fiscalização de velocidade acontece em todo lugar. Câmeras, multas, orçamentos — tudo isso há muito deixou de ser só questão de segurança. Muitas vezes parece que o foco está mais em arrecadar do que em reduzir acidentes de verdade. E é nesse cenário que os coreanos apresentam uma abordagem alternativa.

Em certos modelos Hyundai, o controle de cruzeiro passou a trabalhar integrado ao sistema de navegação. Não é só indicar o caminho, mas considerar bancos de dados com locais de radares, zonas de limite de velocidade e até trechos potencialmente perigosos.

Como funciona na prática

O sistema é simples e, principalmente, discreto. O motorista define a velocidade desejada — respeitando rigorosamente o limite ou um pouquinho acima. Depois o carro age assim:

  • reduz automaticamente a velocidade antes de zonas com radares ou controle médio;
  • diminui o ritmo em locais potencialmente arriscados;
  • volta à velocidade programada assim que passa o trecho fiscalizado.

Sem alertas sonoros constantes, sem proibições ou “educação” forçada. O carro simplesmente faz aquilo para o qual a fiscalização de velocidade foi criada: desacelerar onde realmente importa.

Por que incomoda alguns

Pareceria o equilíbrio perfeito: segurança mantida, menos multas e sem sensação de opressão. Mas não — tem gente que vê nisso uma forma de “burlar punições”. Se o sistema ajuda a evitar infrações, então está errado, dizem.

Para ser honesto, a lógica é estranha. O objetivo das câmeras é arrecadar o máximo possível? Ou fazer com que os motoristas andem mais devagar exatamente onde é necessário?

O contraste em outros mercados

Em algumas regiões, soluções parecidas nem são discutidas seriamente. Lá se prefere a repressão direta: limitar, punir, complicar. O resultado são sistemas que os motoristas desligam em massa ou detestam, como já aconteceu com assistentes de velocidade muito invasivos.

A abordagem coreana parece bem mais viável. Não interfere em cada segundo da viagem, mas cumpre exatamente o que deve: reduzir velocidade onde faz sentido.

Por que a ideia na verdade é sensata

Se parar para pensar, a maioria dos motoristas não liga para a velocidade que alguém anda de madrugada em uma rodovia vazia. Mas perto de escolas, obras, acidentes ou cruzamentos complicados é outra história. E é exatamente nesses pontos que o sistema da Hyundai intervém.

Na minha opinião, é um raro exemplo de tecnologia que trabalha junto com o motorista e não contra ele. Pena que, em vez de debater soluções como essa, muitas vezes escolhemos o caminho das proibições e multas. Alternativas existem — basta querer enxergá-las.